A cada dia que passa, a greve dos caminhoneiros, que foi encerrada na semana passada, continua trazendo mais prejuízos do que benefícios. Além da alta nos preços da Gasolina e Etanol, até hoje, quarta-feira (06), a distribuição de gás em diversas cidades, bem como o abastecimento de alimentos e demais produtos, não se normalizou.
Vários setores sofreram com a paralisação e devem receber novos impostos para cobrir o rombo causado pela redução no preço do óleo Diesel. Um desses setores é a Zona Franca de Manaus.
Parlamentares do Amazonas se reuniram nesta terça-feira (5) com o governador do estado, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, para discutir alternativas a um decreto editado pelo presidente Michel Temer, que reduz os incentivos fiscais de empresas instaladas na Zona Franca.
Eles cogitam, inclusive, pautar um novo decreto legislativo para sustar os efeitos da medida assinada pelo presidente, que trata especificamente de empresas produtoras de refrigerantes.
“Nós não podemos ser pegos de surpresa com imprevisibilidade. A empresa está lá, de repente o governo edita um decreto, na calada da noite, e no dia seguinte está no Diário Oficial elevando os custos dessa empresa”, disse o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM).
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A Zona Franca é um pólo industrial da capital amazonense, criado nos anos 1950, que concede incentivos fiscais para empresas que produzem na região, com o objetivo de estimular o desenvolvimento do Norte do país.
Vale lembrar que os caminhoneiros não têm culpa alguma sobre essas medidas. O Governo tem outros meios para compensar a perda na arrecadação, como a redução dos funcionários comissionados, o fim de alguns ministérios e corte nos próprios gastos.
As decisões do Governo são mais punitivas do que corretivas e, mais uma vez, joga a conta de uma estratégia mal feita, nas contas do contribuinte.